O Blog Educação Ambiental – Grupo Xamã, busca através de seus artigos esclarecer sobre as questões ambientais de forma simples e direta porém, não menos informativa, com informações confiáveis.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Textos Educativos


 

   A Fábula da Ecologia e do Tracajá

O homem com fome não pode pensar no amanhã


Navegando em uma remota região de um país que sonhava crescer, a Ecologia sentia o drama de viver a destruição de imensas florestas tropicais, pela fúria do fogo e a incapacidade humana.
Seguindo há vários dias entre rios, paranás e igarapés, a fauna e flora local, somando-se à tranqüilidade de águas negras e límpidas, como a própria expressão da vida natural, a Ecologia tinha certeza que suas verdades seriam inqüestionáveis pela simples razão de existirem.

Ao parar no fim de mais um dia, em um tranqüilo braço de rio, brilhando ainda sob a última luz do sol poente, a Ecologia resolveu ir até uma pequena casa que se avistava ao longe, à primeira vista em muitos dias.
Desembarcando, observou as paredes de toro encostados, cobertos pela palha característica da região, e chegou próxima ao jovem morador, que preparava sua primeira refeição do dia, após o árduo trabalho entre serigueiras e castanheiras.

Observando melhor a panela de barro do jantar, viu que o jovem preparava um tracajá, tartaruga típica do local e que se encontrava em perigo de extinção pelo seu abate indiscriminado.

Indignada, mas sábia, a Ecologia perguntou ao jovem:
- Você sabe o que está comendo?
- Sim, um tracajá.
Tentando encontrar um melhor caminho para resolver a questão, a Ecologia falou:
- Olhe, o tracajá é um animal protegido, inclusive o governo gasta muito dinheiro para criar e conservar a espécie. Além disso, a lei determina que você pode ser preso por crime.

Mas, pela lógica de que o processo deve evoluir, completou:
- Não vou lhe prender. Prefiro que você seja educado e entenda que se você comer este tracajá no futuro, seus filhos não vão mais ver tracajás nos rios.

E o jovem confuso respondeu:
- Mas, eu não entendo, se eu não comer o tracajá eu não vou ter filhos!!!

MORAL
Para implantar uma consciência conservacionista que possui um caráter desenvolvido, em uma região que no mínimo é socialmente e economicamente carente, torna-se necessário primeiro superar a distância entre essas realidades.
¨O homem com fome não pode pensar no amanhã¨.

Fonte: Eng. Florestal Luciano Pizzatto

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Grupo Xamã - Pedagogia 2011 - Alunos da Universidade São Marcos

Vídeo - O que é sustentabilidade ?


O que é sustentabilidade ?
O vídeo busca mostrar todas as perspectivas desse conceito tão amplo, e dá exemplos de ações sustentáveis.

Esquimós e Sustentabilidade


O Titanic das boas intenções

No filme “O Senhor da Guerra” o personagem representado por Nicholas Cage afirma que o maior traficante de armas do mundo é o presidente dos Estados Unidos. A frase tem um peso imenso e faz sentido na narrativa do filme. No entanto, tal afirmação acaba se perdendo na memória, com a exposição de mais acontecimentos e informações que o público vivencia no seu cotidiano. 

As questões ambientais também passam por esse processamento na mente de milhões de pessoas espalhadas pelo mundo. Ninguém discorda da importância do ambiente em nossa sobrevivência. Ficamos chocados quando ocorre algum desastre ambiental, como o do ano passado nos Estados Unidos, com o vazamento de petróleo no mar e que se estendeu para os estuários. O que restou em nossa “tela”? Talvez tenha ficado um ícone minimizado, disputando espaço com tantas outras coisas que nos atraem...


O conceito de “Desenvolvimento Sustentável” é precioso: desenvolvimento capaz de atender as necessidades atuais, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das gerações futuras. Idéia recheada de boas intenções, mas sujeita ao mesmo naufrágio de tantas coisas importantes na mente das pessoas.

E os esquimós com isso?

Os esquimós tinham uma cultura intimamente relacionada à condições do seu ambiente. Aprenderam a utilizar os recursos do ambiente e a sobreviver em condições de extrema dificuldade. O escritor Hans Ruesch, em seu livro “No país das sombras longas” mostra uma família de esquimós com seu modo de vida tradicional. Em certos trechos causa perplexidade para quem tem uma cultura totalmente diversa. Um desses pontos é quando o chefe da família cumpre o ritual desse povo em relação à própria mãe.

Aquela senhora já não podia mais contribuir com o grupo familiar, pois não enxergava o suficiente para fazer roupas ou outros objetos e não tinha dentes, usados como verdadeiras ferramentas de trabalho. Com a comida escassa e mais filhos para criar, tinha chegado o momento em que os idosos davam sua contribuição para o grupo, agora de uma nova maneira: seu filho a conduzia para um local distante e ali ela era deixada sozinha. Aguardava então a chegada do grande urso polar; ela sabia que sua carne iria alimentar a carne do urso, que seria caçado e forneceria alimento e pele para seus filhos e netos; assim, ela se manteria junto aos seus familiares.

Com o tempo, os esquimós foram entrando em contato com os membros da cultura ocidental. Todos os seus valores foram revirados e seu modo de vida passou por uma grande transformação. Os esquimós receberam então os “benefícios” do homem branco, como armas de fogo. Passaram a caçar não apenas para atender suas necessidades de sobrevivência, mas para comercializar com o mundo dos brancos. O dinheiro começou a fazer parte do seu dia-a-dia e com eles puderam comprar coisas que desconheciam e pelas quais desenvolveram grande simpatia. Décadas de adoção desse novo estilo de vida geraram um grave problema ambiental, pois os esquimós, mais equipados e com seu conhecimento do ambiente, tornaram-se caçadores implacáveis, provocando uma imensa redução de animais da região, como ursos, focas e alguns cetáceos.

Com essa nova situação foram proibidos de caçar, a única “profissão” que tinham aprendido desde remotos tempos. Passaram a receber uma espécie de salário dos governos das regiões onde viviam. Essa “aposentadoria” foi considerada humilhante, pois eram um povo brioso e fazia parte de seu modo de vida, literalmente lutar pela sobrevivência. Muitos se entregaram ao alcoolismo. Nova manobra governamental: só poderiam comprar álcool em locais determinados, sem levar a bebida para casa e isso durante algumas horas do dia. Então, os esquimós passaram a beber o máximo que podiam no tempo e no lugar determinados...


Marginais ambientais?

Talvez alguém considere que esse povo teve que ser sacrificado por algo maior que é a salvação de muitas espécies locais; afinal, os esquimós se mostraram ineptos para lidar com o equilíbrio ecológico. Bem, isso significaria que o chamado homem branco é um bom gerenciador das questões ambientais? Vejamos o que aconteceu em escala mundial: a poluição é tida como uma das causas do aquecimento global, que afeta regiões polares e suas proximidades, ou seja, o lar dos esquimós e dos ursos polares. O derretimento do gelo destrói o habitat do urso, uma espécie que se vê ameaçada de extinção. Ocorre que o urso polar alimenta-se de focas, as quais comem peixes. A redução da população de ursos polares provoca elevação do número de focas e, conseqüentemente, a redução de cardumes, afetando a pesca.

Essa interferência humana atual certamente não é o que poderia ser considerado como “Desenvolvimento sustentável”, mas o modo de vida tradicional dos esquimós era perfeitamente sustentável.

Manter coisas importantes na nossa “tela” pessoal já é uma atitude de mudança.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Você Sabia ?


Este espaço está relacionado a curiosidades que estimulam e possibilitam reflexões sobre os problemas ambientais que estamos vivenciando, bem como nosso papel no processo de reversão ou minimização de tal cenário..

Assim você Leitor poderá :

1. - Reconhecer a importância do cuidado com o ambiente e com outros espaços sociais.

2. - Identificar os problemas ambientais.

3. - E refletir sobre estes problemas a nível global, suas causas e conseqüências para a sociedade atual e para as gerações futuras.

4. - Propor alternativas práticas de como a Educação ambiental pode ser realizada



SUGESTÕES DE ACESSO :


  • Um Site importante para consulta a respeito de Educação Ambiental é do próprio Ministério do Meio Ambiente. 
          Acesse: http://sibea.mma.gov.br/dcsibea/






  • As Nações Unidas declararam 2011 como o Ano Internacional de Florestas e o Ministério do Meio Ambiente prepara uma programação para aumentar a conscientização sobre a importância das florestas para as pessoas, com destaque para a conservação, o manejo e o desenvolvimento sustentáveis.
Acesse : http://www.radarnoticia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1614:2011-e-escohido-como-ano-internacional-das-florestas-para-onu&catid=87:meio-ambiente&Itemid=423



  • Mata Atlântica perdeu uma área de 30 mil campos de futebol de floresta em dois anos 
          Acesse : http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=998&class=18




D
lDicionário Ambiental:
                                Acesse: http://www.ecolnews.com.br/dicionarioambiental/index.htm

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Olho no quintal


O novo Código Florestal anda em tramitação no congresso. Há muitos interesses envolvidos e muito poder por trás das decisões que estão por vir. O Brasil é um estado democrático e tem canais de atuação popular. Há deputados e senadores em Brasília que foram colocados lá por cidadãos comuns através do voto. Novos representantes estão nos representando de fato nessa questão?
A diretora do Secretariado do Fórum da ONU sobre Florestas afirmou: “Tentaram privatizar as florestas no Reino Unido, a população foi contra e eles logo voltaram atrás. Então, os cidadãos têm grande papel nas decisões dos governos”.
Enfim, através do voto delegamos poder ao governo; mas delegar não é uma isenção de responsabilidade e devemos checar como a nação está sendo conduzida, inclusive no que diz respeito ao ambiente.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quem é ? - E o que faz um Xamã ?


XAMÃ

Em muitas culturas a figura do xamã é de um tipo de sacerdote, dotado de poderes de cura, entre outros atributos. Havia, então, um exercício de prática médica, com uma abordagem própria.

Frequentemente recorria a materiais obtidos na natureza para efetuar seus procedimentos de cura ou outras modalidades de rituais.

Uma coisa é certa: a natureza era entendida como a fonte de recursos para a vida e manutenção da saúde. A relação homem-natureza tinha um caráter respeitoso e de devoção.

Podemos nos revestir de humildade e aprender um pouco com algumas culturas diferentes da nossa.

Ainda mais tratando-se de ambiente. Onde foi que nos perdemos?

Tomamos um rumo totalmente diverso, estabelecendo com a natureza uma relação unilateral, em que ela apenas nos provê e não recebe nada em troca.

Ao contrário, a retribuição humana ao ambiente é uma crescente mutilação.

Reverência, gratidão, cuidado; ingredientes básicos aliados a aspectos técnicos, científicos e  políticos.

Seja benvindo a este espaço!